Uma forma de construir valor em saúde

A gestão na saúde passa por um momento de reconstrução. Os caminhos para o sucesso passam pela construção de uma aliança fundamentada em quatro elos. Há uma série de grandes oportunidades diante de nós.

 

Publicado em 06/04/2018

 

Na ultima publicação do Fórum Econômico Mundial, que divulgou o Ranking de Competitividade Global, num universo de 137 países, ficamos na posição 80, uma posição muito próxima do ano anterior, que foi 81. Dentre os critérios avaliados, o de melhor desempenho foi -Inovação-, em que saltamos da 100ª para a 85ª posição, resultado dos movimentos que temos acompanhado na sociedade, o que mostra que, quando queremos e trabalhamos, nós conseguimos.

Nos critérios de eficiência, as melhorias foram bem pequenas (mercado de trabalho, de 117º para 114º), (mercado de bens, de 128º para 122º), (potenciadores, de 61º para 60º).

No critério Saúde e Educação Primária, melhoramos pouco, da posição 99ª para a posição 96ª, mostrando que há um longo caminho e grandes oportunidades para avançarmos.

Este tema, Saúde, que impacta de forma direta nos indicadores de eficiência dos negócios e tem sido assunto muito atual, objeto de diversos encontros, seminários e debates na busca por saídas para avançarmos mais rápidos nesta questão, merece reflexões contínuas.

Existem alguns pontos em comum nos debates do tema, dos quais vamos destacar três:

  1. A capacidade dos pagadores/financiadores do sistema está no limite, e caminhos alternativos precisam ser encontrados rapidamente;
  2. A inflação médica brasileira é a mais alta do mundo, superando em 2017 dez pontos percentuais acima da inflação oficial;
  3. Nós estamos vivendo mais e viveremos ainda mais, trazendo maiores custos/desembolsos para o sistema, seja ele público, seja privado.

Uma alternativa de solução passa pela construção de uma aliança entre todos os envolvidos, incluindo cada um de nós usuários, na utilização racional dos recursos e na redução de desperdícios visíveis e invisíveis, que representa algo em torno de 30%. Outras informações relevantes dão conta de que 70% dos atendimentos em prontos socorros/PAs são desnecessários, e não haveria tamanha demanda se melhorássemos o acesso dos usuários nos atendimentos eletivos. E as consultas, exames e intervenções desnecessárias que muitas vezes exigimos do profissional médico?

O segundo “elo” desta aliança diz respeito aos hospitais e clínicas especializadas através de seus administradores, sejam médicos, sejam de áreas de apoio. O desafio extraordinário para estes profissionais é gerenciar os seus negócios com a visão focada na “experiência do usuário/cliente” e produzir resultados positivos para o negócio. Os avanços dos meios de comunicação tem proporcionado um verdadeiro “empoderamento do usuário/paciente/cliente”, trazendo como consequência demandas para um atendimento qualificado, humanizado, de forma integrada e com alta resolutividade.

Já é possível identificar organizações alinhadas com esta perspectiva. No entanto, em nossa experiência, há um oceano de oportunidades para se promover melhorias. Nossa provocação a você, leitor, é que identifique estas oportunidades em seus negócios ou na sua relação e construa as “pontes” para melhorá-los.

O terceiro “elo” desta aliança diz respeito á cadeia de fornecedores do sistema, que continua investindo em inovação e lançamento de novos produtos, como forma de competição entre seus pares, sem dar a atenção especial para programas de fidelização. A experiência tem mostrado melhorias significativas de eficiência e redução de custos em programas estruturados de fidelização.

O quarto “elo” diz respeito aos pagadores, notadamente o sistema de saúde suplementar, que está vivendo um momento de forte consolidação e transformação. Construir um sistema de regulação inteligente, implementar um modelo de segunda opinião que assegure boas práticas e “pertinência” aos procedimentos, além de partilhar os custos com os usuários (coparticipação), são ações absolutamente necessárias para que eles se mantenham competitivos.

Esta é uma abordagem simples e não contempla todos os agentes, especialmente governos, que são responsáveis por disponibilizar a água tratada e saneamento básico por exemplo. Mas o que pretendemos mostrar é que parte da solução está em nossas mãos, depende essencialmente das nossas atitudes e capacidade de construir alianças.

Qual tem sido a sua capacidade de construir alianças que tragam valor ao seu negócio?

 

Raimundo Sousa - contato

 

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