RPA – Desvendando seus mistérios

O Robotic Process Automation tem cada vez mais despertado interesse e ganhado destaque no meio corporativo. Trata-se de uma ferramenta tecnológica que tem como objetivo principal a automatização de processos de negócios. Você já o conhece bem? Entenda cada um de seus conceitos e funcionalidades!

Publicado em 01/04/2019

 

O RPA (Robotic Process Automation) é uma ferramenta que permite a uma empresa configurar softwares (chamados de “robôs”), que coletam e interpretam sistemas para processamento de uma transação, desencadeando respostas efetivas e as inserindo nos sistemas da empresa sem a necessidade de qualquer alteração nos programas. Assim, possibilita a automatização de processos volumosos e repetitivos, aumentando a velocidade do trabalho e reduzindo significativamente os custos.  

Com o RPA, os usuários podem dedicar mais tempo à execução de tarefas de maior valor estratégico para o negócio.  Este nome tem gerado uma série de questionamentos, mesmo entre profissionais da área, sobre as oportunidades de aplicação, a estrutura necessária, a tecnologia empregada, linguagens de programação, entre outras.

Uma questão tem sido muito frequente: qual é a novidade do RPA que está sendo anunciada, oferecida como inovação, considerando que a automação de processos já é conhecida e amplamente implementada em vários setores desde o advento da computação?

A resposta não é complexa, mas é passível de contestação. Para possibilitar um entendimento aceitável, faz-se necessário revisar fatos e resgatar conceitos. Começando com a própria história da computação, com a evolução das máquinas de cálculo para os atuais equipamentos, modernos, com grande capacidade de processamento e armazenamento de dados, o que traduz o desejo da humanidade em ter ferramentas que auxiliem seus trabalhos e eventualmente os faça. A mecanização é outro exemplo: foi empregada inicialmente para substituir o trabalho manual e tinham um grau de inteligência suficiente apenas para poucas e específicas atividades.

Você sabe, de fato, o que é um robô?

A palavra robô tem sua origem de uma antiga língua eslava, que significa trabalho forçado. Em outros idiomas, também encontramos a relação desta palavra com o trabalho. Contraditoriamente, o trabalho para o homem constitui uma atividade que requer autoconsciência, a imaginação do objetivo antes de sua realização. Os robôs atuais, de qualquer forma, ainda não estão neste nível. Eles foram pensados não para atuar como produtores, mas sim como ferramentas, intermediários.

Porém, há defensores da ideia de que todo o trabalho humano pode eventualmente ser substituído por uma máquina. Nessa visão, é falsa a ideia que apenas o trabalho manual e repetitivo pode ser automatizado. Concordando ou não com esse pensamento, é preciso reconhecer que, de fato, as atuais inovações não são apenas articulações mecânicas que funcionam nas linhas de produção.

O cenário mudou e o próximo grande passo é aproveitar as novas tecnologias que já estão sendo empregadas, possibilitando uma mudança em diversos setores, facilitando o trabalho de milhares de profissionais. Novas máquinas estão substituindo outras máquinas. Mesmo negócios que já experimentaram ondas de mecanização e automação estão sendo alterados novamente com o advento de novas tecnologias. Essa evolução das máquinas está focada no desenvolvimento de inteligência artificial (IA).

Conhecendo a Inteligência Artificial

As primeiras Inteligências Artificiais (IAs) não eram capazes de se adaptar. Por exemplo, uma IA desenvolvida para jogar xadrez não conseguiria se adaptar a outro jogo com diferentes regras. A IA não possuía inteligência própria, não ensinava a si mesma, cabia ao programador ensinar-lhe tudo. Seguia-se o preceito que dizia: "Se você der um peixe a um homem, ele vai comer um dia. Se você o ensinar a pescar, ele sempre vai comer". Então, os construtores de IA começaram a trilhar outro caminho, o que significou que, em vez de aprenderem a pescar por máquina, eles entenderam que tinham que fazer ainda melhor: ensiná-los a aprender.

Em razão dessa capacidade de aprender sozinha, a IA se torna cada vez mais autônoma. Combinado com o avanço tecnológico computacional e da robótica, e com o acesso à uma enorme quantidade de dados, em rede, a IA já ultrapassa os humanos em diversas áreas. A importante questão é saber quando este ou aquele modelo de IA estará suficientemente desenvolvido para as aplicações no trabalho. É apenas uma questão de tempo para que um determinado modelo de IA se torne barato o suficiente para ser lucrativo em um negócio.

A contribuição do RPA

Volta-se então à questão sobre a real inovação na automação de processos. O que se pode entender como mudança e qual a contribuição da RPA associada às novas tecnologias? Desde a mecanização até a utilização de computadores, do processamento de dados, para substituição de muitos trabalhos realizados pelo homem, o que há de novo é a forma como tudo isso está integrado e sua evolução, como ferramenta para automação de processos e a robotização, seja no aspecto físico, material ou intelectual.

Numa dimensão onde as coisas estão conectadas entre si, a máquina passou a usar o método dialético para conhecer esse mundo, isto é, para conectar os fatos. Elas já são capazes de reconhecer padrões, imagens, compreender a linguagem humana e fornecer respostas, adaptando-se a situações complexas do mundo real. Não são mais os programas lineares, mecânicos e limitados do começo. Nesse contexto, a IA tende cada vez mais a se assemelhar ao funcionamento do pensamento animal, e até humano, por associações de representações entre eles.

Com isso, a automação dos processos deixou de ser apenas uma simples programação de rotinas, que repetidamente executam tarefas de forma controlada, sem autonomia e sem conexão. Não há mais limitação, a inovação traz funcionalidades inimagináveis. Considerando o pensamento de que nenhum trabalho humano é complicado demais para máquinas, se alguma substituição não foi possível até esse momento, certamente será em breve.

 

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